amigos do Petit pois lilás

Momento Poesia: À recordação da minha madrinha

Olá amigos, "rodando" pela net e lendo umas poesias de Drummond de Andrade (que eu amo, é um dos meus escritores favoritos), me deparei com a poesia aí de baixo... Ela me fez recordar da minha amada mãe, que já está lá juntinho de Papai-do-Céu), e também lembrei que amanhã, dia 17, seria aniversário da minha querida madrinha - tia Taco para os íntimos - (que também está lá fazendo companhia à minha mãezinha). E a saudade... como castiga... mas as recordações boas são terreno mais firme e prevalecem! Do meu coração e da minha memória, aqueles dois sorrisos não vão sair jamais... E sempre irão me aquecer quando a fria saudade insistir em apertar...


Então, em homenagem à duas mulheres doces e incríveis que Deus permitiu que eu conhecesse, posto a poesia que tanto me emocionou...



Para Sempre

Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece

com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade




Fiquem com Deus e com esse dia lindo que está fazendo hj aqui!

2 comentários:

Sthéfani Lamoglia disse...

Lindoooo!!!!
Não tem como segurar a emoção!!!
Realmente as mães não deveriam morrer, mas...
O jeito é seguir a vida, mesmo nada sendo como antes...

Anônimo disse...

realmente.. mãe devia ser eterna...

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